data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Isac Nóbrega (Presidência da República) e Governo do Alagoas (Divulgação)
ATUALIZADA: matéria atualizada às 14h57min em 4 de maio de 2020
O novo diretor-geral da Polícia Federal é de Santa Maria. Rolando Alexandre de Souza foi nomeado para o cargo em edição extra do Diário Oficial da União desta segunda-feira.
Souza não chegou a atuar na cidade em que nasceu. No currículo, ele tem 20 anos de PF. Já chefiou o Serviço de Repressão a Desvios de Recursos Públicos (SRDP), em Brasília, e foi nomeado superintendente da PF em Alagoas em 2018. Desde 2019, ele atuava como secretário de planejamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A escolha de Bolsonaro por Souza ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ter barrado o nome de Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro, para o comando da PF.
O novo diretor-geral do órgão foi indicado a Bolsonaro pelo próprio Ramagem, que comanda a Abin. A escolha é vista internamente como uma medida temporária. O presidente ainda tem esperança de encontrar uma saída para nomear o amigo de sua família para o cargo máximo da PF.
De acordo com auxiliares do presidente ouvidos pelo jornal Folha de São Paulo, Bolsonaro foi aconselhado a ter pressa para escolher um novo nome para o órgão após a decisão de Moares. A liminar do ministro do STF contra Ramagem se baseou, principalmente, nas afirmações de Bolsonaro de que pretendia usar a PF, um órgão de investigação, como produtor de informações para suas tomadas de decisão.
A decisão de Moraes manteve Ramagem como diretor-geral da Abin, cargo que ocupa desde o início do governo atual.
HISTÓRICO
O comando da PF foi o estopim para a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça. Bolsonaro demitiu Maurício Valeixo, escolhido por Moro, da diretoria-geral da PF. Moro deixou o cargo acusando Bolsonaro de querer interferir na atuação da polícia.
O ministro do STF concedeu liminar (decisão provisória) a uma ação protocolada pelo oposicionista PDT, que alegou "abuso de poder por desvio de finalidade" com a nomeação do delegado para a PF. Moraes destacou que sua decisão era cabível pois a PF não é um "órgão de inteligência da Presidência da República", mas sim "polícia judiciária da União, inclusive em diversas investigações sigilosas".
Bolsonaro reagiu e chamou de "política" e de "canetada" a decisão do ministro.
*Com informações de Folhapress